sexta-feira, 11 de março de 2011

Segundo capitulo

Segundo capitulo


Estava começando a esfriar vovó falou que já estava na hora de irmos deitar, porque amanhã acordariam cedo. Peguei o violão e dei boa noite para eles dando um beijo no rosto e me retribuíram com um na testa. Coloquei o violão cuidadosamente no canto do quarto, perto da janela e sentei na cama, senti que estava esquecendo alguma coisa quando pensar que não vovó bateu na porta e falou para  escovar os dentes, “é matou a charada”, falei comigo mesmo. Coloquei meu pijama e fui escovar os dentes, fiz meu xixi e fui para cama. Trouxe a coberta até o busto e fiquei ereta olhando para o teto, me recordando dos momentos bons da minha vida. Apesar de eu ser revoltada, sempre fui amorosa com minha família e sempre recebi amor. Desde pequena eles me mimam, mas fazer o que, a culpa é deles, por isso sou chata deste jeito. –virei - Agora preciso criar juízo, pelo menos tentar, mas sinto que ainda preciso fazer mais algumas coisinhas - HAHA- estou na flor da idade, só tenho apenar 15 aninhos poxa. – fechei os olhos e dormi profundamente.
Foi uma noite sem sonhos, já estava acordada, mas nem tinha aberto os olhos ainda, abri o esquerdo, depois o outro, despertei finalmente, fiquei sentada na cama ainda com a cabeça no sono e bocejava seguidamente. Procurei meu chinelo e fui para o banheiro ajeitando eles no pé. Fechei a pesada porta azul de madeira e me sentei no sanitário. Demorava muito para acordar, tinha vezes que eu abria os olhos e ficava sentada na cama, mas ainda dormia e quando acordava levava o maior susto, dessa vez não demorou muito para que minha pessoa despertasse. Peguei minha escova e coloquei a pasta e escovei os dentes, fiz minhas necessidades e fui para o quarto, abri as cortinas pesadas cor creme e o sol veio de encontro sem pedir licencia na minha cara, logo em seguida coloquei as mãos no rosto e fui tirando aos poucos. Olhei para ver se não estava àquela movimentação de empregados e achei estranho, porque não estava, fechei novamente a cortina e me sentei na cama, fiquei pensando na vida um pouco e levantei disposta. Coloquei um short com bastante estampa e uma regata laranja, amarrei os cabelos num rabo de cavalo e fui para a sala. Meus avôs tinham saído e só estava Zumira, nossa empregada. Cheguei à cozinha e vi aquela mesa cheia de coisas, perguntei á Zumira para o que era,  ela me respondeu fria e amigavelmente que eram para mim. Arregalei os olhos e disse que não precisava, mas ela falou que foi vovó que mandou aí eu rir. Sentei-me na cadeira e puxei mais próximo da mesa. Comi tanto que minha barriga ficou doendo, era comida para mais de semana, e não era exagero meu. Fui para a sala, fiquei deitada um pouco quando estava quase tirando um profundo cochilo o telefone tocou, barulheeento.Me sentei rapidamente e levei a mão no coração e logo em seguida atendi. Oh my God, era minha mãe.
-Alô? – disse e falei o mesmo – a Danieli se encontra? – arregalei os olhos.
-Mãe, sou eu. – falei normalmente.
-Danielli? Sério mesmo? –disse num tom envergonhado.
-Claro NE, sou eu, Danieli Camargo Villeneuve. – falei quase soletrando.
-Nossa filha que voz diferente amor, e aí como você está? E seus avôs? Ta tudo bem? – o mulher que fazia pergunta em uma frase só.
-Sim, sim ta tudo bem mãe e ai? – falei seca e já querendo saber logo a resposta.
-Também, ta gostando da fazenda ? – ela já sabia a resposta, mas dessa vez ironizei.
-Oras você não sabe o quanto nem quero voltar para a casa mais. – rir baixinho.
-Noooooooooossa Danieli, é de se surpreender, o que aconteceu para você gostar tanto desse lugar? Arranjou um “carinha” para te satisfazer? – disse a palavra com aspas num tom diferente e logo me lembrei do cara da montanha e fiquei séria.
- Talvez... Mas caso ele souber me satisfazer te ligo e falo que não quero voltar, ok?
-ta. Agora tenho que desligar, seus irmãos chegaram e se eles souberem que é você vão querer ficar de papinho. Ah... Mande um beijo para seus avôs e diz que seu pai também.
- Tchau – falei seca e desliguei. – Por que toda vez que ela me liga é assim esse tormento? Ai que mulher chata, às vezes acho que não é minha mãe. – sentei no sofá emburrada com os braços cruzados e depois levantei para tomar um pouco de ar. O sol como sempre estava radiante, mas hoje se encontrava  com um pouco de nuvens não estava  muito quente. Voltei para o quarto e permaneci ali até meus avôs chegarem, por incrível que parece hoje consegui pensar um pouco da minha vida, era difícil eu me entender, mas pensando no que aconteceu e nas coisas que fiz nas minhas atitudes pude perceber que nem sempre eu estava com a razão. Durmi em dois peridos de 2 horas, Meu Deus nunca tinha dormido tanto assim Recorde Maximo. O mínimo de tempo que conseguia dormir a tarde era de 00:30 e ainda me chamavam de preguiçosa  incrível como implicavam comigo mesmo quando eu estava quieta no meu canto, mas fazer o que é a vida, cada dia que passa mais desconfio que não sou dessa família, mais pensando bem  implicam comigo porque gostam de mim e querem meu bem. De uns dias para cá andam me agourando demais, certo que na fazenda eles não enchem muito, mas em casa pelo amor de Deus. Depois que mamãe teve os gêmeos esta insuportável comigo, me deixa de lado,quando vou falar com ela inventa que precisa fazer algo  ou ir ver se os meninos estão bem, claro que já estou grande, mas preciso de um pouco de atenção, antes desses indivíduos existirem tudo era maravilhoso eu vivia ganhando presentes e  era super mimada, mamãe e papai me davam a maior atenção do mundo, agora nem falam comigo direito acho que só ligam para cá para não fazer desfeitas se não vovô começa a brigar com eles e no final tudo vem a mim.

Quando ela descobriu que estava grávida eles eu achava que tudo seria melhor quando vinhessem que iríamos brincar sempre e que mamãe e papai estariam sempre com a gente para o que precisarmos, sim, isso aconteceu, mas diferente do que imaginei só foi com eles e eu fiquei de canto, jogada, por isso virei essa menina revoltada,rebelde e continuarei dando trabalho, porque só assim eles me vêem como filha, quando me dão bronca, quando recebem algum bilhete quando são chamados na escola e coisa parecida. Somente desse jeito eles vêem que eu ainda existo. Talvez  me esqueceram porque já sei fazer coisas sozinhas e não preciso mais deles para contar historias a noite ou também porque já tenho 15 anos. O ultimo dia que tiveram comigo juntinhos e qualquer coisa que eu pedisse fizessem foi quando completei quinze anos e fizeram a melhor festa da minha vida uma das coisas mais significantes da minha vida e que ficará para sempre, também por isso pelo ultimo dia que fizeram alguma coisa e que me deram atenção. Quando acabou a festa eles viajaram no dia seguinte  eles e os gemeos, me chamaram, mas não quis ir queria aproveitar mais a festa por incrível que pareça todas as festas que tinham em casa sendo comemoração ou não durava uns 2 á 3 dias casa cheia, mas dessa vez eram só de amigas minhas, passei dois dias pulando, bebendo se entupindo de coisas banais e que a partir daquela idade tudo aquilo ia mudar na minha vida, eu estaria livre leve e solta sem mãe nem pai para me encher o saco e me mimar – segundo Jeniffer minha amiga, eu tinha bebido demais e estava fazendo tudo que me vinha na cabeça, minha casa estava cheia de pessoas de ambos os sexos e eu estava insuportável me esfregava com todos os garotos da festa e estava louca para perder a virgindade. Jeniffer me disse que por eu estava tão doida, tão cheia de luxuria na cabeça me enfiei no quarto dos meus pais  com dois garotos e foi naquele dia que tudo começou a dar errado na minha vida. Eu perdi a virgindade, a viajem dos meus pais deram errado eles me  pegaram na cama transando com dois garotos. Só me lembrava da minha mãe gritando no quarto e eu em cima de um menino coompletamente nua e com uma latinha de cerveja na mão, esses pensamentos vinham e iam da minha cabeça, acho que foi por isso que tudo foi por água abaixo. – Quando Jeniffer me contou isso eu nem acreditei, minhas partes intimas estavam doloridas e meu corpo também ela me disse que foi a pior coisa que ela presenciou na vida, que nunca tinha visto ou ouvido algo do tipo, ela me disse também que minha mãe expulsou todo mundo da casa e quase ia me colocando também, mas Denise, nossa empregada não deixou. fiquei de boca-aberta quando ela me contou, depois de uns dias minha memória foi se refrescando e eu pude recordar de algumas coisas daquele dia, cada ocasião que eu lembrava me sentia mau e meu corpo doía por inteiro. Foi por isso que me mandaram para cá e por outras tantas coisas.




FÉRIAS PROLONGADA

Capitulo Primeiro



Estava um dia maravilhoso, o sol radiante, eu me encontrava na varanda me balançando para frente e para trás na cadeira de balanço e apreciando a linda fazenda dos meus avôs queridos. Isso era incrível, afinal era a única coisa prazerosa á fazer nesse lugar, fora isso não havia nada de bom á fazer, é nada digamos do meu interesse. Já se passavam duas semanas que eu estava naquele sufoco, não via a hora de voltar para casa, mas também queria ficar mais um pouquinho. Nessa fazenda medíocre não tinha nenhum acesso á mídia, ao mundo lá fora, nem televisão, nem computador, eu nem sei como esse povo sobrevivia sem TV, , só tinha um radinho na casa que escutavam as noticias da região e musicas sertanejas . Mas por mais que fosse chato e tenso eu estava aprendendo muita coisa que na cidade grande eu não sabia fazer, a cozinhar e limpar galinheiro, eca.Levantei da cadeira e desci lentamente a larga escada, por onde subiam e desciam empregados. O sol estava muito quente e por isso queimava minha pele, chega ardia, mas continuei o trajeto nem sei para onde, mas continuei. Parecia que a temperatura do sol estava ficando cada vez mais forte, eu tentava fugir, e me escondia  em cada cantinho de sombra  que encontrava. Avistei uma montanha com belas gramas e me direcionei á ela aprecei os passos e quando cheguei me joguei de baixo da arvore e fui pegando no sono aos pouquinhos.Depois de um tempo fui abrindo os olhos lentamente e vi um rosto masculino e belo na minha frente, uma coisa fora do normal, um homem perfeito, olhos castanhos bem claros com músculos definidos e um olhar super sedutor. Pensei que estava sonhando quando me deparei que não era sonho, me levantei instantaneamente e comecei a gritar que nem louca.  Ele tentava me acalmar e cada vez que ele falava mais eu gritava, até que ele me pegou pelos os braços e gritou: CAAAAALMA! E fui cessando   o escândalo.-Me solta, você esta me machucando. – tentava me livrar de suas mãos enormes.-Ta bom, eu te solto, mas promete que não vai gritar? – falou olhando no fundo dos meus olhos e foi me soltando lentamente, estava realmente confiando em mim e eu nele.-Quem é você? E porque tava me olhando? – perguntei aumentando o tom a cada palavra.-Calma, calma, eu sou Victor Hugo, prazer?! – estendeu sua mão – eu moro na fazenda Carmen aquela depois da montanha. – falou apontando.-Ah, eu sou Danieli, estou passando uns dias na casa de meus avôs, Gina e Francisco... conhece?-Claro que sim, eles são meus padrinhos. Nunca te vi por aqui.-È, que conhecidência não? È porque não gosto muito dessas bandas sabe, sou mais agitada, gosto da cidade grande... –rimos.-Ah, sim entendo... Mas é a primeira vez que você vem aqui NE? – perguntou curioso e dando um breve sorriso.-Não... Já vim aqui umas vezes, quando era pequenas, mas fui embora no mesmo dia.-E o que aconteceu para você vim passar as férias aqui, já que não gosta “dessas bandas” –falou fazendo aspas com a mão.-È que na verdade são férias com castigo sabe? Andei extrapolando por lá.-Hum, normal coisa de adolescente. – riu-verdade, e você faz o que da vida? – perguntei curiosa.-Eu ajudo meu pai na fazenda e adoro andar de cavalo– sorriu.-Que legal,hã... aqui tem algum barzinho, baladinha para se dispersar um pouco?-Hãm? – expliquei – AH... tem, aos fim de semana vem grupos sertanejos para a fazenda de meu pai e tem aquelas coisas todas, churrasco, cerveja... E muitas coisas.-Churrasco? Cerveja? AFF. Que coisa caipira.Riu sem entender minha intenção – È, é sim e tem vez que tem forró a noite inteira.-AH sim, entendo.-E na cidade o que você gosta de fazer?-Pois é, são muitas coisas, saiu bastante, gosto muito de beijar, sexo, beber bastante. – reparei que em quanto falava seus olhos se arregalavam.-Nossa, quanta coisa, não?-Verdade, se quiser eu te levo um dia numa baladinha você vai amar.-Não, não, não combino para essas coisas.-Claro que sim, todo mundo combina, todos gostam.-Mas eu não, sou mais sucegado, gosto de campo, tranqüilidade sabe?-Uhum. Mas acho que também deveria conhecer outro lado da vida, mais agitado. – sorri-Já tenho Minha agitação, cavalos, vacas, bois e etc...-Comecei a rir loucamente. – Oh, imagino quanta agitação, limpar bosta de cavalo, pegar leite de vaca isso não é para mim.-Que isso menina, é um contato com a natureza, algo extraordinário, sensacional...-Oh, imagino! Mas cada um com seu gosto NE. Bom vou-me indo que já ta na hora. – falei me levantando.-Ok! Eu continuarei meu trajeto, vou ver se não tem mais loucas por ai. – riu-HAHA engraçadinho. Tchau.-Quer uma carona? – perguntou subindo no seu cabelo marrom bem cuidado.-Não, não Obrigada, vou a pé mesmo, boa viajem. – pisquei e segui um caminho diferente do dele.Desci as montanhas suavemente e com a cabeça de baixo daquela arvore ainda, com a mente presa ainda á poucos momentos atrás. Pensando naquele moreno de olhos claros e sua voz suave, com seu sorriso maldoso e ao mesmo tempo inocente. Cheguei na  casa e fui para meu quarto na pontinha dos pés, mas não adiantou nada, meu avô estava escondido atrás de uma parede e me deu um susto tremendo.-Aonde você tava mocinha dos cabelos dourados? – ele por mais sério que falasse sempre brincava.-è. Andando por ai vô, não posso conhecer sua fazenda vôzinho? – falei com um tom angelical e alisando seu rosto, tentando convencê-lo com meu tom inocente.-Ta bom então, agora vai tomar seu banho e venha jantar. – disse e deu um beijo na minha testa. – UFA! Falei logo que ele saiu. Entrei no quarto e bati a porta que fez um estrondoso barulho, essa não foi minha intenção.  Tirei aquela roupa suada e peguei uma toalha no guarda-roupa,  liguei o radinho que tinha no meu quarto e não achava nenhuma radio boa, troquei, troquei e nada, desliguei de raiva e fui para o banheiro. Terminei de me despir tirando as partes intimas e entrei no banho, a aguá caia e cobria meu corpo por inteiro, passava o sabonete lentamente e fechava os olhos deixando a água cair em meu rosto. Lavei o cabelo, passando duas vezes o xampu e finalizando com o condicionador. Sai do banho e me enrolei na toalha e coloquei outra no cabelo, passei os pés rapidamente no tapete de baixo da porta e fui para o quarto, peguei um shortinho jeans não muito justo e uma regata amarela, tirei a toalha da cabeça e sacudi meus cabelos, parecendo aqueles cachorrinhos depois de um banho. Passei um creme na pele e fui para a sala. A casa  era de um andar só e qualquer coisa ou barulhinho que fizesse dava para ouvir. Cheguei à cozinha e vovó estava colocando a mesa, elogiou meu perfume , agradeci e ajudei-a finalizando com o suco de pêssego.O Jantar foi tranqüilo, nada de escândalos, afinal era raro ter escândalo aqui. Vovó tinha feito abobrinha recheada em clubinhos, saladas verdes com tomates e nhoque, estava divino, uma delicia, mas não passei dos limites. Acabamos de jantar e tiramos a mesa, no caso eu e minha avó, meu avô foi para varanda como fazia todas as noites. Depois que nós terminássemos de arrumar as coisas iríamos também. Uma das coisas legais aqui era o lual que fazíamos todas as noites, só nós três e as vezes convidávamos vizinhos, mas era raro, muito raro. Vovó terminou de arrumar a cozinha e eu fui para meu quarto pegar o violão, vovó levaria a sobre-mesa surpresa, sempre fazia esse truque pelo menos desde o dia que cheguei aqui. Apreciamos o manjá de vovô e ficamos a noite toda cantando e tocando musicas. Por eu ter crescido no meio de gente caipira, eu sempre escutava aquelas musicas chatas e acabava me apegando, papai me poluía com essas musicas que mesmo que eu não quisesse cantar sempre eu lembrava de uma. Essa noite cantamos duas de Zezé de Camargo e Luciano e 2 de Oswaldo Montenegro. Por mais que fossem musicas antigas, eu gostava, batia uma nostalgia em tanto, me lembrava a minha infância e nos tempos que ia para antiga fazenda desses avós e quando iam em casa e praticávamos lual na sacada do prédio.-Danieli, lembra daquela de quando você era pequenina. – puxou no violão e me lembrei.-Sim, sim a intuição, do Oswaldo. – falei eufórica e comecei a cantar – “canto uma canção bonita, falando da vida em re maior”.-“Canto uma canção daquela de filosofia, do mundo bem melhor”– vovó continuou e de repente estávamos todos cantando junto, bem alto. Riamos, brincávamos, foi um momento único e significativo para minha vida, como todos os outros que passava a noite cantando com minha família, com a casa cheia e todos rindo e brincando, que saudade.